o olho no novo acordo ortográfico
Longe vá o agoiro mas se você, minha amiga, perder um olho em Ceuta - ou numa outra cidade sem mouros, como por exemplo na terra do inefável Pinto da Costa - não se esqueça de pedir auxílio psicológico aqui ao "olho do cu-ko".
O "olho do cu-ko" é um auto-didacta compulsivo e por ter apenas um olho (que mal vê) lê tudo o que trate de olhos, para esquecer o seu infortúnio e estar mais informado.
Hoje dei com ele agarrado a uma brochura intitulada "Novo Acordo Ortográfico". Parou na página que diz respeito ao verbo VER (que, obviamente, tem a VER com o olho). Procurou saber que alteração ocorreu a esse verbo com respeito à sua conjugação na terceira pessoa do plural do presente do indicativo. Chegou à conclusão que de VÊEM passou a VEEM. Logo, por extrapulação, lembrou-se de ver a conjugação pronominal reflexa do mesmo verbo na mesma pessoa e reparou que se alterou também. Desta vez para VEEM-SE. E logo lhe ocorreu - sem saber porquê - fazer igual exercício para o mesmo Modo, Tempo e Pessoa do verbo VIR.
Desta busca não dou aqui conta, porque ele se recusou a falar-me disso. Misteriosamente, preferiu tornear esta questão, aludindo a outra anormal função ligada a um terceiro olho e em que, para além de verbos diferentes, se pode conjugar reflexamente o tal verbo VIR.
Este passaroco às vezes enerva-me, mas mantenho a minha opinião: peça-lhe auxílio porque em muitos casos resulta.
À revelia dele, hoje, deixo-lhe eu aqui este conforto:
Se você "perder" o mais cego de nascença, o mais virtuoso dos três, esse terceiro olho, anime-se - como diria Roland Topor - sempre lhe restará a consolação de não o tornar a VER com o mesmo olhar.
O "olho do cu-ko" é um auto-didacta compulsivo e por ter apenas um olho (que mal vê) lê tudo o que trate de olhos, para esquecer o seu infortúnio e estar mais informado.
Hoje dei com ele agarrado a uma brochura intitulada "Novo Acordo Ortográfico". Parou na página que diz respeito ao verbo VER (que, obviamente, tem a VER com o olho). Procurou saber que alteração ocorreu a esse verbo com respeito à sua conjugação na terceira pessoa do plural do presente do indicativo. Chegou à conclusão que de VÊEM passou a VEEM. Logo, por extrapulação, lembrou-se de ver a conjugação pronominal reflexa do mesmo verbo na mesma pessoa e reparou que se alterou também. Desta vez para VEEM-SE. E logo lhe ocorreu - sem saber porquê - fazer igual exercício para o mesmo Modo, Tempo e Pessoa do verbo VIR.
Desta busca não dou aqui conta, porque ele se recusou a falar-me disso. Misteriosamente, preferiu tornear esta questão, aludindo a outra anormal função ligada a um terceiro olho e em que, para além de verbos diferentes, se pode conjugar reflexamente o tal verbo VIR.
Este passaroco às vezes enerva-me, mas mantenho a minha opinião: peça-lhe auxílio porque em muitos casos resulta.
À revelia dele, hoje, deixo-lhe eu aqui este conforto:
Se você "perder" o mais cego de nascença, o mais virtuoso dos três, esse terceiro olho, anime-se - como diria Roland Topor - sempre lhe restará a consolação de não o tornar a VER com o mesmo olhar.
Etiquetas: Acordo Ortográfico, o olho do cuco, veem, vêem
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