maitê proença - gente imbecilizada
Tenho a certeza de que a actriz Maitê Proença não deve ser muito dada a leitura séria, apesar do esforço em tornar-se "colunista" e "escritora" com a ajuda de amigos. Mas tenho de reconhecer que sabe de cor um curtíssimo texto do grande escritor e poeta Guerra Junqueiro. Como qualquer mulher brasileira bonita, maliciosa e vazia, leu e releu, certamente, esse texto do escritor, que abaixo se transcreve, com o único propósito de achincalhar os portugueses. Recorreu-se dele para fazer figura em serões "culturais" (adaptando-o mal) por julgar o autor compatriota e do seu tempo, capaz de boçais crónicas de escárnio e maldizer. Não sabe quem foi nem o compreendeu, obviamente. Mas leu-o.
Ela não sabe, por isso, que o autor fora um resistente contra as iniquidades dum regime caduco que escravizava e embrutecia o povo lusitano. E também que era filho de portugueses, legítimos. Não sendo o caso dela, por haver a possibilidade da sua ascendência, talvez parcialmente lusitana (Proença), remontar ao tempo das descobertas. Quando as tripulações das naus ancoraram em terras de Vera Cruz. E foram primeiro à procura de acalmar seus libidinosos calores.
Ela não sabe, por isso, que o autor fora um resistente contra as iniquidades dum regime caduco que escravizava e embrutecia o povo lusitano. E também que era filho de portugueses, legítimos. Não sendo o caso dela, por haver a possibilidade da sua ascendência, talvez parcialmente lusitana (Proença), remontar ao tempo das descobertas. Quando as tripulações das naus ancoraram em terras de Vera Cruz. E foram primeiro à procura de acalmar seus libidinosos calores.
Um conselho a Maitê Proença:
Futuramente, quando cá voltar (e ser bem recebida pelos portugueses), não ESCARRE de novo naquela fonte do nosso Mosteiro dos Jerónimos. Sobretudo por causa da febre suína. Vá escarrar antes na fonte da " ...".
Nota: Maitê "Kirida", isto é uma "brinkadêrinha" "memo", "né"? Não leva a "mauu", não?!
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Futuramente, quando cá voltar (e ser bem recebida pelos portugueses), não ESCARRE de novo naquela fonte do nosso Mosteiro dos Jerónimos. Sobretudo por causa da febre suína. Vá escarrar antes na fonte da " ...".
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora,
aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias,
sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice,
pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas;
um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai;
um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom,
e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que
um lampejo misterioso da alma nacional,
reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula,
não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha,
sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima,
descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas,
capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação,
da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo;
este criado de quarto do moderador; e este, finalmente,
tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política,
torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem idéias, sem planos, sem convicções,
incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos,
iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero,
e não se malgando e fundindo, apesar disso,
pela razão que alguém deu no parlamento,
de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
Guerra Junqueiro, 1896.
Os Deolinda
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